segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CALOS

Olhando para a palma da minha mão notei que havia um calo resultante do uso da chave de fenda num determinado trabalho doméstico. O calo, segundo o Dicionário Aurélio, é um “endurecimento da pele formado em determinado ponto por compressão ou fricção contínua”.

Fiquei pensando a respeito dos diversos tipos de calos. Existem os calos no dedo “mindinho” do pé – como incomoda! Quando pisam nele, dói muito! É geralmente chamado de “calo de estimação”, porque dói, perturba, mas já que está fazendo parte do corpo a tanto tempo que é preferível ficar com ele do que extraí-lo. “Mas, por favor, não pisem nele! Senão fico zangado!”

Há também os calos nos joelhos formados pelos momentos de oração e de contrição contínua e permanente diante de Deus. Eles surgem em consequência das súplicas incessantes: por si mesmo, pelos seus irmãos e amigos, pela igreja, pelo país, etc. Por serem muito importantes, raramente deveriam ser expostos considerando o valor que tem em relação ao valor que será dado.

Finalmente, os calos na língua. São os piores! Nascem pelos falatórios profanos que levam a lugares tenebrosos. São nocivos e causam mal-estar! Matam, destroem e deixam rastro durante muito tempo. São formados nas línguas daqueles que nada tem para fazer e vivem espalhando coisas que não são reais e verdadeiras, trazendo com isto uma série de dificuldades com resultados destrutivos – espirituais e sociais, entre outros. São os calos dos fofoqueiros que trazem inimizades e dos invejosos que levam às brigas e iras. As pessoas que tem e cultivam os calos na língua geralmente são insensíveis às exortações, repreensões e admoestações. Por serem irreverentes à Palavra de Deus, zombadoras, debochadas, frias e destrutivas parece que ao criarem calos na língua também os criam na mente e no coração.

Aos que convivem com os possuidores de calos na língua, recomendo as palavras de uma faixa localizada no interior de uma cidade mineira, cujo objetivo era preservar a vida humana: “Não construa neste local; área não edificante”. Entretanto, nada melhor do que meditar nas sábias palavras do livro de Provérbios.

Enfim, creio que é melhor cultivar os calos das mãos e nos joelhos e extirpar todos os calos na língua.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

DEUS TE ABENÇOE!

― “Bença”!
― Deus te abençoe!
Este é um diálogo comum entre filhos e pai, mãe, avós, tios e demais pessoas com as quais a criança aprende desde cedo a praticar para mais tarde ensinar aos seus filhos. O mesmo acontece nas instituições religiosas, onde a expressão “Deus te abençoe” é utilizada largamente. Certa vez, quando parabenizei uma senhora por causa da bela apresentação do coro da igreja, ela me respondeu rapidamente:
― Deus te abençoe!
― ?!
Quem sabe quando começou a se utilizar e qual a origem desta expressão? Qual o seu significado? Qual o seu valor quando utilizada? O que acontece com a pessoa quando a ouve? O que produz nela efetivamente? É realmente uma benção? É bíblica? Estas e outras questões transitam pela minha mente há muito tempo.
Muitas pessoas não me responderam o que é benção. Então por que vivem dizendo “Deus te abençoe!” se não sabem o que significa benção? Uma delas, com gracejo, disse: “Ah! Por que é tão bonitinho!..”. Ora, benção, que é o contrário de maldição, significa desejar, realizar o bem a alguém. Por isso entendo que “Deus te abençoe!” traduz-se por “Deus te deseje o bem”. Mas se Deus sempre nos deseja o bem, logo “Deus te abençoe!” é redundante.
Pense: se você nunca tivesse encontrado com determinada pessoa, jamais poderia dizer-lhe “Deus te abençoe!” e não seria por causa disso que Deus deixaria de abençoá-la. Outra redundância: Deus nos abençoa independentemente de alguém dizer “Deus te abençoe!”. Ele nos abençoa com o ar, com o frio, o calor, o dia, a noite, a vida; Ele nos abençoa com a sua misericórdia, a paz, o amor, a salvação. E mais: ao dizer “Deus te abençoe!” estou transferindo a responsabilidade para Deus, como se estivesse dizendo: “Ei, Deus, abençoa esta pessoa, ok?”. E Deus me dirá: “Meu filho, eu já lhe dei esta responsabilidade; você foi criado para ser um abençoador! É você quem deve abençoar (desejar o bem)”.
Fiz um teste: pedi a várias pessoas que ficassem de frente uma com a outra e que proferissem palavras ou realizações de benção. Quanta dificuldade! Só sabiam dizer “Deus te abençoe!”. Parece até que sabemos mais amaldiçoar (desejar o mal) do que abençoar...
Tendo como base o Salmo 62.4 seria ótimo se pudéssemos fazer uma sincera avaliação com relação à nossa capacidade de abençoadores.
Dizer “Deus te abençoe!” é atitude do medroso espiritual, que não quer se envolver com o seu semelhante ao desejar-lhe uma coisa boa para sua vida e para a vida de sua família. Abençoar, por outro lado, também é realização. Com certeza você conhece pessoas que só tem recebido palavras e atitudes de maldição e também necessitam das bençãos materiais, além das espirituais e você pode, amorosamente, abençoá-las até mesmo com alguma ajuda financeira entregue delicadamente num envelope e sempre acompanhada com palavras apropriadas exclusivamente para aquela pessoa e para aquela situação específica, abrindo-lhe portas de vida, fé, esperança e amor, ao invés de palavras que são apenas “fórmulas religiosas”.
Que tal experimentar hoje o privilégio de abençoar alguém?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

História da música "Amazing Grace (Maravilhosa Graça)" - Wintley Phipps

Recebi de um amigo e publico neste blog para abençoar a sua vida!!!
Com certeza vocês já conhecem AMAZING GRACE, uma "spiritual music", que se tornou popular e famosa sendo interpretada por Elvis Presley, Il Divo, Lee Ann Rimes, Crystal Lewis, Selahe entre outros cantores famosos de rock e demais gêneros musicais.


O autor da letra, John Newton (1725-1807), tem uma história curiosa. Antes de se tornar um autor de muitas músicas especiais ele foi um capitão de navio negreiro, que participou do tráfico de negros para os Estados Unidos, América Central e Brasil.

A sua mudança na vida começou após uma forte tempestade em que seu navio quase foi a pique e onde presenciou um amigo marinheiro ser arrastado por extensa onda que atingiu compartimento do barco onde ele próprio estivera poucos segundos antes.

Apreciem o cantor Wintley Phipps e vamos aprender que existe uma escala musical chamada "escala escrava  /slave scale" que utiliza somente as teclas de sustenidos e bemóis (as 5 teclas negras do piano), com a qual foram compostas a maioriaas "spiritual music"!!


Para ouvir a história e a canção é só clicar - Vocês vão amar...!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

IGREJA PARA A COMUNIDADE

Gosto de ler Atos 2.42-47 porque mostra como viviam os irmãos que freqüentavam aquela igreja: eram bem doutrinados, viviam em comunhão, temiam ao Senhor, o testemunho era positivo – por isto convincente. Os milagres aconteciam diariamente, os propósitos eram comuns, havia alegria e singeleza de coração e cultuavam a Deus juntos regularmente. Como resultado, todo o povo amava ter aquela igreja fazendo parte da comunidade, que aos muitos iam entregando suas vidas a Jesus Cristo.

É claro que havia problemas! Tinha gente que se agregava somente para alcançar status; alguns só queriam saber de mandar e nunca obedecer; outros tratavam da doutrina com descaso e havia aqueles que não se preocupavam com os mais carentes. Mas ali também estavam os discípulos fiéis com firmeza e constância de propósitos, onde a presença do Espírito Santo em suas vidas era perene e o olhar somente para Jesus o alvo de fé. Isto fazia daquela igreja um farol que iluminava toda a cidade.

A perseguição, as traições, as prisões e até os assassinatos não tinham forças suficientes para fazer aquela igreja fraquejar. Pelo contrário, estes atentados físicos e espirituais iam fortalecendo a igreja cada vez mais, a ponto de alguns se maravilharem e até dizerem que eles haviam estado com Jesus.

São exemplos de homens, mulheres, jovens e adolescentes com ardente fé, ousadia, obediência, renúncia e consciência de temor e amor ao Senhor Jesus – são exemplos assim, repito – que nos fazem prosseguir nesta difícil e árdua caminhada cristã.

Eles foram vitoriosos. Nós também seremos!!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

IGREJA POBRE

“A minha igreja é fraca no movimento financeiro.”
“A minha igreja não tem condições de sustentar um trabalho missionário porque é formada por crentes pobres e muitos aposentados.”
“A minha igreja não tem condições de assumir determinadas atividades porque não tem condições financeiras.”
“A MINHA IGREJA É MUITO POBRE!!!”
Estas e outras são expressões usadas por alguns membros de nossas igrejas ao se defrontarem com o desafio das grandes realizações.
Se fossem somente palavras ditas num momento de falta de fé, ainda procuraríamos despertar em alguns o sentimento de confiança, levando-os a entender que a Igreja de Deus não é pobre. Ela é rica e grande pela sua natureza e poderosa em sua essência.
Porém não são somente palavras que vêm momentaneamente. Parece que as pessoas que as dizem também são pobres de ideais, cegos no que se refere a visões, fracos em recursos espirituais, preocupados consigo mesmos, não procurando desenvolver os dons que Deus lhes deu, capacitando-os a servir à Causa do Mestre. Além disso, não permitem que outros se desenvolvam, desestimulando-os.
Certa vez Jesus Cristo chamou uma igreja de pobre. Ele tinha razão...
É pobre a igreja cujos membros vivem em monotonia espiritual; é pobre a igreja onde os ideais estão voltados mais para as coisas materiais do que para as espirituais; é pobre a igreja onde os irmãos vivem em desentendimento; é pobre a igreja onde a fraternidade cristã é confundida com festas e reuniões ocasionais; é pobre a igreja onde não há amor e perdão recíprocos; é pobre uma igreja onde não há cooperação no serviço; onde imperam o egoísmo e a maledicência; é pobre a igreja onde o ressentimento, a mágoa e o desprezo são as primeiras atitudes tomadas com relação ao próximo; é pobre a igreja cujos objetivos não estão condizentes com os objetivos de Cristo; é pobre a igreja onde prospera o desânimo, e o orgulho faz parte integral na vida de grande parte dos membros.
Definitivamente igreja pobre não é Igreja de Cristo.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

UM NOVO E VIVO CAMINHO

A tônica da Epístola aos Hebreus (judeus convertidos) é: não andem mais pelo antigo caminho: pecado-arrependimento-confissão-sacrifício. São rudimentos. Agora temos “um novo e vivo caminho” (10.20). Voltar ao antigo caminho constitui-se uma atitude de desobediência (4.6), a qual não é a vontade de Deus (3.7-11).
É grande a relação dos que, no passado, obedeceram e servem, assim, de rudimentos (cap. 11) e sombra dos bens futuros (10.1) que contrasta com a dos desobedientes que, recebendo as mesmas bênçãos de Deus (6.7), sendo igualmente iluminados (10.32), provando o dom celestial (3.1), fazendo-se participantes do Espírito Santo (2.4), provando da boa Palavra de Deus (1.1; 4.2) e os poderes do mundo vindouro (2.5), não atentaram para tão grande salvação (2.2-3; 11.7) Tornaram-se terra que não frutificou e receberam, em conseqüência, a maldição e o fogo, pois produziram espinhos e abrolhos (6.8).
Assim, obediência e desobediência, durante toda a epístola, formam contrastes e opções constantes e marcantes. Os atuais desobedientes (judeus convertidos) ao buscarem o antigo caminho (pecado-arrependimento-confissão-sacrifício), voltaram aos rudimentos, à sombra, provando que necessitam mais do primeiro alimento espiritual – o leite – do que do alimento sólido (5.12-14).
O desejo de Deus, no qual não há injustiça, é que o cristão entre, com ousadia (porque a porta está aberta) no santuário, pelo sangue de Jesus, com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa, retendo firme a confissão de sua esperança, considerando o outro, que mantém a mesma fé, para que haja estímulo à caridade e às boas obras (10.19-24). Da mesma forma o cristão não deve abandonar a nova congregação (comunhão) retornando ao antigo caminho (rudimentos); haverá admoestações mútuas neste sentido (10.25).
Hebreus 10.26-39 recupera, mais uma vez, o contraste obediência versus desobediência e as suas respectivas conseqüências. Semelhante a qualquer carta séria, esta também deverá ser entendida como um todo e não somente por uma parte.
Os rudimentos – Antiga Aliança, Antigo Concerto, Antigo Pacto, a lei, sombra dos bens futuros, sacerdócio humano, terrestre, tabernáculo efêmero, repetidos sacrifícios, passíveis de manchas e repreensões.
O novo e vivo caminho – Cristo – a Nova Aliança, o Novo Concerto, o Novo Pacto, a graça, a imagem exata, sacerdócio celeste, tabernáculo vivo e eterno, único e suficiente sacrifício imaculado e irrepreensível.
É impossível aos que, vivendo no tempo da graça, e semelhante aos que viviam no tempo dos rudimentos (pecado-arrependimento-confissão-sacrifício), que também foram iluminados e provaram o dom celestial e se fizeram participantes do Espírito Santo, provando a boa Palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, é impossível – repito – que, vivendo no tempo da graça, caindo, sejam outra vez renovados para arrependimento utilizando-se dos artifícios rudimentares.
O pecado existe. O arrependimento e a confissão também. Os sacrifícios nunca mais! São rudimentares.
“Se confessarmos os nossos pecados ele (Jesus Cristo) é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A MULHER NA IGREJA DE CORINTO E O USO DO VÉU

Corinto, principal cidade grega, ficava à beira-mar. Os seus dois portos eram muito importantes, haja vista o intenso comércio da cidade, cujas mercadorias fluíam desde a Itália, da Espanha, da Ásia Menor, da Fenícia e do Egito. Num local com dois portos a quantidade de marinheiros era muito grande e o de prostitutas também.
Com 12 templos, sendo um deles era dedicado a Afrodite – deusa do amor, cujos adoradores praticavam a prostituição religiosa e onde periodicamente centenas de prostitutas eram consagradas à deusa, faziam com que Corinto ficasse conhecida pela prática da prostituição sexual ("corintianizar"). Evidentemente essa grande cidade tornou-se o centro da imoralidade pública e irrefreada.
Foi nesta cidade que Paulo chegou (cerca de 52 dC) e ali fundou a Igreja. Três anos depois escreve uma carta que para nós ficou conhecida como a 1ª carta, na qual ele faz muitas recomendações quanto ao caráter, integridade, dignidade e amor cristãos. Especificamente, ele fala como deve ser o procedimento no culto ao Senhor, o qual deveria ser diferente dos cultos dedicados aos deuses daquela cidade (1Co 10.14-33).
Também faz recomendações quanto ao procedimento da mulher que deseja ter a vida consagrada a Cristo (1Co 11.1-16), o qual deveria ser diferente do das demais mulheres. A preocupação de Paulo era com as mulheres prostitutas e as adoradoras de Afrodite que se convertiam e precisavam ter mudança de vida radical pela transformação de hábitos e aparência visual. Entendo que as prostitutas eram reconhecidas pelo seu corte de cabelo, o que as diferenciava das mulheres "de família" (1Cor 11.5).
Desta forma, Paulo recomenda que todas as mulheres usassem véu para que na igreja não houvesse diferenciação de uma mulher em relação à outra recém-convertida (1Cor 11.15), nem acepção de pessoas, pois não se saberia quem era quem. A força do argumento de Paulo foi o véu porque era usado tradicionalmente pela mulher para demonstrar respeito, honra e submissão. "Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu” (1Co 11.6b). O véu é o "sinal de poderio (autoridade)" citado no verso 10. As mulheres "de família", "decentes", agora, por amor às novas convertidas, usariam com mais propriedade os seus próprios véus (1Co 13).
Ainda no desejo de manter uma decência e ordem no culto, a Igreja de Corinto, mais uma vez recebeu recomendação de Paulo que as mulheres deveriam estar caladas. Mulher não fala na igreja! Esta era a ordem. Se quiser falar para comentar ou aprender alguma coisa espere chegar a casa e procure a autoridade do lar. Vejo sabedoria nesta recomendação. Imaginem uma pessoa transitando pelas ruas de Corinto e passa em frente a um bordel. O que ele ouvirá? Gargalhadas, gritos de homens e mulheres envolvidos na luxúria. Em seguida, um pouco mais a frente, o transeunte passa em frente a um local onde as pessoas estão reunidas para cultuar ao Senhor e ouve mulheres falando em tom alto ao louvar ou ao profetizar, ou no interrogar. O que pensaria este transeunte? "Não há diferença. É tudo a mesma coisa...".
Numa igreja onde servi como pastor durante 10 anos, certa ocasião um traficante se converteu. Ele teve bastante dificuldade em ser aceito na igreja: os pais aconselhavam os filhos para que não ficassem perto dele; os homens sempre olhavam para ele de maneira desconfiada; as mulheres se afastavam. Em outra igreja, onde também estive por 10 anos, uma prostituta conhecida no local nos visitou e passou a frequentar os cultos. Pouquíssimos falavam com ela. Alguns até trocavam de lugar quando ela sentava nos bancos da igreja. Enfim, nem o traficante, nem a prostituta permaneceram nas igrejas.
Acredito que o mesmo ocorria em Corinto. Daí o fato do conselho de Paulo com relação ao procedimento, que deveria ser de mão dupla, ou seja, deveria haver uma mudança nos membros da igreja, tanto quanto nas novas convertidas. E essa transformação iniciada no coração deveria ser refletida também no exterior, até nos detalhes que aparentemente eram insignificantes. E isto era o mínimo que se esperava de ambas as partes: o uso de um véu sobre a cabeça. É o que Deus espera de cada um de nós hoje. Lemos em Êxodo 23.19; 34.26 e Deuteronômio 14.21: "não cozerás o cabrito no leite de sua mãe". Aparentemente isto é uma coisa mínima. Como de fato é. Mas a questão maior é a submissão e a obediência.
A recomendação de Paulo foi específica para a igreja de Corinto. Não leremos mais em qualquer outra carta. Isto quer dizer então que hoje não vale para nós? Pensamento errado este. Aliás, satanás quer que pensemos assim, pois estaríamos desvalorizando as profecias e nos esvaziando das mensagens de Deus.
A mensagem para hoje é: aquele ou aquela que se converte necessita mudar o seu procedimento. E que o convertido mais antigo participe com o mais novo nessas mudanças. Ou seja, se uma pessoa se converte, agora mudará a sua vestimenta, o seu linguajar e os seus modos. Se antes tinha cabelos compridos, agora não terá mais.
Conheço a história do Zé Cachaça. Ele morava em certo bairro à beira-mar e era conhecido como “Zé Cachaça” porque bebia muito. Um dia foi embora para bem longe. Anos depois, ao retornar, todos o cumprimentavam dizendo “seja bem vindo Zé Cachaça”, mas ele respondia “não me chamem mais de Zé Cachaça, porque minha vida mudou; eu agora sou discípulo de Cristo; a partir de hoje me chamem de José de Jesus”.
O "vinde" de Jesus abrange a todos. Paulo sabia disto – nós sabemos também. E em Corinto esta mensagem deveria ser eficazmente aplicada.
HÁ NECESSIDADE DE FAZER DIFERENÇA NUMA SOCIEDADE INDIFERENTE!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A QUESTÃO DAS ENFERMIDADES E A PROVIDÊNCIA DIVINA

É muito difícil uma pessoa, em seu estado normal, aceitar qualquer tipo de enfermidade, seja ela de origem genética, congênita ou não. Com relação ao recém-nascido, a compreensão torna-se quase inaceitável. Os “por quês” surgem diariamente e as conclusões chegam às raias das acusações, o que aumenta o sofrimento de todos.

Por que uma criança nasce doente? Esta é a pergunta básica. Por que uma criança nasce doente se ela não tem pecado? A pergunta básica se estende a ponto de incluir, sutilmente, a pessoa de Deus. Fica embutido que quando esta criança estiver adulta, pecadora, ela pode ficar doente porque a doença seria uma espécie de castigo. Por que uma criança nasce doente, sendo amada por seus pais cristãos e, ainda no ventre materno, ela foi consagrada a Deus? Agora a pergunta, que antes era básica, transformou-se numa acusação e cobrança. Acusam-se os pais e cobra-se de Deus.

Estas são questões próprias de um ser humano. Não aceitamos o desastre, a desgraça, o infortúnio, a infelicidade, a desventura. Olhamos para dentro de nós mesmos procurando as respostas e não a encontramos, porque queremos encontrá-las dentro da nossa verdade e desde que sejam de acordo com a nossa vontade. Como isto não acontece, então vamos a Deus. E não aceitamos as respostas. Não aceitamos a verdade e a vontade de Deus. Apenas lembramos que somos seres humanos e nos esquecemos que também somos seres espirituais. Esquecemos que temos alma. Criamos nossos próprios parâmetros de dependência e nos abstemos de vivermos na dependência de Deus. Então o desastre, a desgraça, o infortúnio, a infelicidade, a desventura, a doença passam a ser vistos como “um mal”. E queremos estar livres desta coisa “má”.

Um bebê que nasce com uma enfermidade, nasceu com um mal. “Não nasceu saudável” – dizem os médicos e os pais. Mas então, por que estas coisas acontecem conosco? Porque somos seres humanos e seres espirituais. Portanto, como tais, precisamos entender algumas coisas, direcionando a nossa visão para a visão de Deus para concluirmos que basicamente é uma questão de obediência e desobediência.

No Velho Testamento, havia o rigor da Lei, ou seja, a expressão “não faça isto” deve ser entendida como “não faça isto” porque “se fizer o que não é para ser feito, as conseqüências serão terríveis”. Algumas destas terríveis conseqüências poderão atingir a terceira e quarta gerações (Êxodo 20.5; 34.7; Números 14.18; Deuteronômio 5.9). Em Deuteronômio capítulos 27 e 28 encontraremos o que chamamos de Capítulos das Bênçãos e das Maldições. O versículo 61 do capítulo 28 fala a respeito das doenças. Mas o povo, quando acometido pelas maldições, olhava somente para o Monte Ebal, quando deveriam olhar também para o Monte Gerizim.

No Novo Testamento ainda há o rigor da Lei. O dualismo Obediência versus Desobediência ainda permanecem. As suas conseqüências também. Felizmente Deus é imutável. Mas Deus viu que o ser humano não percebera que, para a sua sobrevivência, o melhor era escolher a obediência. Daí a constante maldição sobre as suas vidas. Então “Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Aliás, o infinito e intenso amor de Deus já era do conhecimento do povo deste outrora, como hoje também o é. Mas a dificuldade residia – e hoje ainda reside – em desejar viver intensamente dentro deste amor.

Quando Jesus se encontrou com um cego de nascença (João capítulo 9) o dualismo Obediência versus Desobediência ficou ainda mais claro: o homem nascera cego para que se manifestasse nele a glória de Deus. Mas ninguém – nem os seus vizinhos, nem os líderes religiosos, nem seus pais – nenhum deles deu glória a Deus! Talvez alguns até desejassem que o homem continuasse cego, pois para ele este seria o seu melhor status.

Mas não é isso que desejamos para os nossos “enfermos”, não é verdade?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ATITUDES PARA UM BOM RELACIONAMENTO

Cada vez mais estou certo que um dos maiores elos entre o casal é a boa comunicação, e não canso de repetir: a comunicação é básica para todo o relacionamento familiar.

A Palavra de Deus afirma que “a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita ira” (Provérbios 15.1). Sendo assim, desta expressão entendemos que jamais haverá boa comunicação e, conseqüentemente, bom relacionamento, se as respostas são dadas com palavras recheadas de raiva, ódio, ressentimentos, ou até mesmo com ira no coração. Por isso, procure responder sempre com palavras brandas e veja como isso mudará sua comunicação com o seu cônjuge e com outras pessoas.

Se for possível responder sem raiva, também é possível discordar sem causar brigas. Não é preciso aceitar tudo, concordar com tudo; mas, por outro lado, não é preciso brigar toda vez que não houver concordância. Pense que uma palavra áspera machuca profundamente. Quando um cônjuge ataca o outro com palavras ásperas estará esmagando este coração. Você já foi esmagado pelas palavras ríspidas de seu cônjuge? Talvez hoje mesmo isto já tenha ocorrido. Como seria bom se prestássemos atenção às palavras do apóstolo Paulo ao dizer: “toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós” (Efésios 4.31).

Se pensarmos também que em todo casal existem pontos-de-vista diferentes, devemos aprender a comunicar as diferenças sem culpar ou criticar a outra parte, mesmo achando que traga algum benefício. Compreendamos que somos pecadores, falhos e que devemos viver intensamente sob a total dependência de Deus.

A verdade é que muitas vezes pensamos, falamos e fazemos coisas que magoam e entristecem a Deus e a nosso cônjuge e filhos. Por causa disto, quantos vivem mal relacionados não conseguindo se comunicar positivamente, isto é, sem agressividades? Vivem sempre brigando, discutindo, sempre com palavras duras e ríspidas, que só trazem à tona coisas amargas, produzindo confusão e criando situações desagradáveis.

O apóstolo Tiago, irmão de Jesus Cristo, aprendeu muitas coisas com relação ao uso da palavra e ele mesmo nos ensina dizendo: "... mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai e com ela amaldiçoamos os homens feitos à semelhança de Deus; de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce" (Tiago 3.8-12).
 
De outra forma, a Bíblia também nos ensina e recomenda que é muito bom conviver com as pessoas que tem boas palavras em suas bocas porque: “favo de mel são as palavras suaves, doces para a alma, saúde para os ossos” (Provérbios 16.24). Nada custa uma boa e sincera palavra, principalmente se vem antecipada por um alegre sorriso. Até ao receberem um olá!, bom dia!, como vai?, as pessoas se sentem felizes e valorizadas.
Muitas vezes nós erramos contra o nosso semelhante e ofendemos nosso irmão, ou nosso cônjuge. Quando isto acontecer, devemos, como cristãos, humildemente reconhecer o erro e confessá-lo e, em seguida, pedir perdão. Daí então transmitir para o cônjuge o amor que Deus colocou em nosso coração, o qual deve ser caracterizado pelas nossas atitudes diárias.

Há três expressões que transformam um relacionamento tênue, enfraquecido pelo rancor, apodrecido pelas mágoas, ofensas e tristezas São três atitudes que transformam uma inimizade contrária à vontade de Deus, por um relacionamento saudável, carinhoso, amoroso, que se baseia na vontade soberana de Deus:

ERREI
POR FAVOR, ME PERDOE
EU TE AMO.

Por que não experimentar estas atitudes ainda hoje?

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