segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CALOS

Olhando para a palma da minha mão notei que havia um calo resultante do uso da chave de fenda num determinado trabalho doméstico. O calo, segundo o Dicionário Aurélio, é um “endurecimento da pele formado em determinado ponto por compressão ou fricção contínua”.

Fiquei pensando a respeito dos diversos tipos de calos. Existem os calos no dedo “mindinho” do pé – como incomoda! Quando pisam nele, dói muito! É geralmente chamado de “calo de estimação”, porque dói, perturba, mas já que está fazendo parte do corpo a tanto tempo que é preferível ficar com ele do que extraí-lo. “Mas, por favor, não pisem nele! Senão fico zangado!”

Há também os calos nos joelhos formados pelos momentos de oração e de contrição contínua e permanente diante de Deus. Eles surgem em consequência das súplicas incessantes: por si mesmo, pelos seus irmãos e amigos, pela igreja, pelo país, etc. Por serem muito importantes, raramente deveriam ser expostos considerando o valor que tem em relação ao valor que será dado.

Finalmente, os calos na língua. São os piores! Nascem pelos falatórios profanos que levam a lugares tenebrosos. São nocivos e causam mal-estar! Matam, destroem e deixam rastro durante muito tempo. São formados nas línguas daqueles que nada tem para fazer e vivem espalhando coisas que não são reais e verdadeiras, trazendo com isto uma série de dificuldades com resultados destrutivos – espirituais e sociais, entre outros. São os calos dos fofoqueiros que trazem inimizades e dos invejosos que levam às brigas e iras. As pessoas que tem e cultivam os calos na língua geralmente são insensíveis às exortações, repreensões e admoestações. Por serem irreverentes à Palavra de Deus, zombadoras, debochadas, frias e destrutivas parece que ao criarem calos na língua também os criam na mente e no coração.

Aos que convivem com os possuidores de calos na língua, recomendo as palavras de uma faixa localizada no interior de uma cidade mineira, cujo objetivo era preservar a vida humana: “Não construa neste local; área não edificante”. Entretanto, nada melhor do que meditar nas sábias palavras do livro de Provérbios.

Enfim, creio que é melhor cultivar os calos das mãos e nos joelhos e extirpar todos os calos na língua.

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