terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

VIDAS QUE EDIFICAM

Creio que uma das maiores preocupações do discípulo de Jesus Cristo deva ser a promoção de sua edificação pessoal, de sua família, sua igreja e de sua comunidade. É sobre isto que se refere esta palavra: vidas que edificam a comunidade.

Particularmente, quero que você pense comigo no bairro, na rua onde moramos, na comunidade onde vivemos e pergunto: você se orgulha do seu bairro? das pessoas que moram na comunidade em que você faz parte? dos jovens? da qualidade de vida das crianças e dos idosos? do comércio?

Agora faço outra pergunta tão importante quanto a primeira: o seu bairro se orgulha de você? Há algum tempo li uma frase que me emocionou: "Gosto de ver um homem orgulhar-se do lugar onde vive; gosto de ver um homem viver de modo que seu lugar se orgulhe dele."

Por outro lado, penso que a selvageria, a ferocidade, a promiscuidade que nossas cidades produzem nos homens é consequência da corrupção existente pela falta de homens e mulheres que trabalhem mais na edificação espiritual, moral e material dessas cidades. Na verdade, é do perfil fisionômico de homens e mulheres que se compõe o caráter da cidade, já que a alma da cidade é o somatório das almas das pessoas que vivem nela.

Sendo suficientemente sensíveis, poderemos compreender que existem almas-caranguejos que vivem recuando - algumas lenta, outras rapida, porém todas continuamente - para as trevas. São pessoas que recuam mais do que avançam, que empregam toda a sua experiência para aumentar a deformação de uma comunidade já deformada. São vidas que destroem. São vidas que não edificam. "Espera-se a paz e não há bem; o tempo da cura, e eis o terror!" (Jeremias 8.15).

Jerusalém era a cidade dos reis, dos príncipes, das riquezas, da religião, da fama. Entretanto, "Jesus chorou sobre a cidade" (Lucas 19.41) porque Jerusalém também era uma cidade de famílias desajustadas, homens com espírito de maldade, transgressores, necessitados de Deus.

"E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz, vós tereis paz." (Jeremias 29.7).

Você tem chorado sobre a sua cidade?

O SACRIFÍCIO DOS ALICERCES

Foi encontrado por arqueólogos um local dedicado para culto ao deus Baal, divindade que os cananeus adoravam e contra quem o Senhor Deus advertiu o povo de Israel para que não se corrompesse. O perigo, apesar de avisado, não foi levado em consideração. O povo se corrompeu e muitos adoravam esse deus a ponto de satisfazer às suas piores exigências, tais como até sacrificar seus próprios filhos.

No achado arqueológico encontraram vários esqueletos de crianças que eram sacrificadas e colocadas sob os alicerces das casas e dos templos para adoração ao deus Baal e às divindades menores a ele submissas. Achavam que tais sacrifícios poderiam trazer alegria e felicidade para a família.

Fere terrivelmente os nossos conceitos de moral religiosa o quadro acima descrito. Ficamos horrorizados com tanta atrocidade e barbaridade. Entretanto, nesta era onde reina "o afrouxamento das restrições das normas prescritivas de comportamentos sociais relativos às relações sexuais, familiares ou profissionais, à moda, aos espetáculos, às atitudes em público, e em que se configura a institucionalização de novos padrões comportamentais" (Dicionário Aurélio), muitos pais não estão longe dessa situação.

Atrocidade por atrocidade, barbaridade por barbaridade, há pais que para se modernizarem estão sacrificando seus próprios filhos aos deuses deste mundo e colocando-os sob os alicerces da permissividade, da imoralidade, do falso pudor, do engano religioso, do sexo livre, do linguajar obsceno, das amizades levianas e perniciosas e de muitos outros deuses deste século, os quais estão sedentos de sangue infanto-juvenil.

A Bíblia, Estatuto de Deus para o bem de nossas vidas é rica em ensinamentos aos pais com relação ao procedimentos com os seus filhos e vice-versa. O tempo utilizado na leitura das palavras desse Estatuto enriquece tanto a alma do indivíduo quanto a alma da família cujos benefícios serão incontáveis e inestimáveis. O livro de Provérbios, repleto de sábios conselhos para pessoas desde o mais tenro menino até o mais idoso dos homens, tem 31 capítulos - um para cada dia do mês - é um dos exemplos de leitura rica e preciosa. Por outro lado, o Sermão do Monte é o verdadeiro manual para quem deseja uma vida cheia de amor, alegria, paz e esperança. Enfim, a família que faz do Estatuto de Deus o seu estatuto, como diz o apóstolo João, será bem aventurada! (Apocalipse 1.3). Pai, mãe, filhos, família, sociedade, estado, nação serão bem aventurados quando, ao invés de Baal, tiverem, o Senhor Deus, como seu Deus e Senhor! (Salmos 144.15).

Que os arqueólogos do futuro não encontrem os esqueletos de nossos filhos sob os alicerces de Baal!

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