segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

UM NOVO E VIVO CAMINHO

A tônica da Epístola aos Hebreus (judeus convertidos) é: não andem mais pelo antigo caminho: pecado-arrependimento-confissão-sacrifício. São rudimentos. Agora temos “um novo e vivo caminho” (10.20). Voltar ao antigo caminho constitui-se uma atitude de desobediência (4.6), a qual não é a vontade de Deus (3.7-11).
É grande a relação dos que, no passado, obedeceram e servem, assim, de rudimentos (cap. 11) e sombra dos bens futuros (10.1) que contrasta com a dos desobedientes que, recebendo as mesmas bênçãos de Deus (6.7), sendo igualmente iluminados (10.32), provando o dom celestial (3.1), fazendo-se participantes do Espírito Santo (2.4), provando da boa Palavra de Deus (1.1; 4.2) e os poderes do mundo vindouro (2.5), não atentaram para tão grande salvação (2.2-3; 11.7) Tornaram-se terra que não frutificou e receberam, em conseqüência, a maldição e o fogo, pois produziram espinhos e abrolhos (6.8).
Assim, obediência e desobediência, durante toda a epístola, formam contrastes e opções constantes e marcantes. Os atuais desobedientes (judeus convertidos) ao buscarem o antigo caminho (pecado-arrependimento-confissão-sacrifício), voltaram aos rudimentos, à sombra, provando que necessitam mais do primeiro alimento espiritual – o leite – do que do alimento sólido (5.12-14).
O desejo de Deus, no qual não há injustiça, é que o cristão entre, com ousadia (porque a porta está aberta) no santuário, pelo sangue de Jesus, com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa, retendo firme a confissão de sua esperança, considerando o outro, que mantém a mesma fé, para que haja estímulo à caridade e às boas obras (10.19-24). Da mesma forma o cristão não deve abandonar a nova congregação (comunhão) retornando ao antigo caminho (rudimentos); haverá admoestações mútuas neste sentido (10.25).
Hebreus 10.26-39 recupera, mais uma vez, o contraste obediência versus desobediência e as suas respectivas conseqüências. Semelhante a qualquer carta séria, esta também deverá ser entendida como um todo e não somente por uma parte.
Os rudimentos – Antiga Aliança, Antigo Concerto, Antigo Pacto, a lei, sombra dos bens futuros, sacerdócio humano, terrestre, tabernáculo efêmero, repetidos sacrifícios, passíveis de manchas e repreensões.
O novo e vivo caminho – Cristo – a Nova Aliança, o Novo Concerto, o Novo Pacto, a graça, a imagem exata, sacerdócio celeste, tabernáculo vivo e eterno, único e suficiente sacrifício imaculado e irrepreensível.
É impossível aos que, vivendo no tempo da graça, e semelhante aos que viviam no tempo dos rudimentos (pecado-arrependimento-confissão-sacrifício), que também foram iluminados e provaram o dom celestial e se fizeram participantes do Espírito Santo, provando a boa Palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, é impossível – repito – que, vivendo no tempo da graça, caindo, sejam outra vez renovados para arrependimento utilizando-se dos artifícios rudimentares.
O pecado existe. O arrependimento e a confissão também. Os sacrifícios nunca mais! São rudimentares.
“Se confessarmos os nossos pecados ele (Jesus Cristo) é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”.

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