quinta-feira, 14 de maio de 2015

ATÉ O PESCOÇO

Ao lermos Neemias 3.5, verificamos, após estudo do livro e da situação em que vivia o povo de Israel, que Neemias não teve o apoio de todos na reconstrução dos muros de Jerusalém. Faltou a elite, representada pelos nobres e magistrados, os quais, apesar de estarem vivendo sob condição de cativos (escravos – mesmo com as mordomias), não sentiam, ou pelo menos não demonstraram o desejo pela libertação. Eram homens satisfeitos com a situação, acomodados com o regime e indiferentes aos apelos de Neemias e seus assessores para regressarem à sua terra de origem.

“Não colocar o seu pescoço no serviço de seu Senhor”, significa não estar disposto totalmente a realizar a obra de Deus, mesmo consciente da urgente necessidade. “Não colocar o seu pescoço no serviço do seu Senhor” significa ficar indiferente aos apelos de Deus, que pergunta: “a quem enviarei e quem há de ir por nós?”.

Disto resulta um esfriamento mortal, pois o comodismo diante da situação desesperadora é algo terrivelmente assustador. Vivemos em clima de tensões diversas onde a humanidade procura um caminho para solução de seus problemas que a cada dia se tornam mais críticos.

Porém, enquanto a ociosidade espiritual estiver pairando sobre nossas igrejas, enquanto muitos continuarem omissos ao “ide” do Senhor, e cativos, escravos das suas próprias pretensões egoísticas (Filipenses 2.19), a igreja de Cristo e seu Evangelho vai se colocando como motivo de discussões ideológicas e acadêmicas e não como instrumento de libertação material, moral e espiritual dos povos.

A recomendação do apóstolo Paulo enfatizando ao não conformismo com este mundo é muito séria. Deve ser levado em consideração o apelo à transformação pela renovação do nosso entendimento.

Enquanto alguns “nobres” ficam trocando seis por meia dúzia, buscando sucesso e de si mesmos proclamam os mais altos conceitos; enquanto outros deixam de apresentar-se “como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”, muitos são impedidos de experimentar “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.


Coloquemo-nos hoje ao serviço do nosso Senhor. Até o pescoço!

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